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O Vôlei

Conheça a história do vôlei. Um dos esportes mais amados pelo povo brasileiro.

Âncora 1

          A história do vôlei vem desde 1895, quando nos Estados Unidos, o professor de Educação Física William George Morgan, inventou o voleibol e suas primeiras regras para que os estudantes da Associação Cristã de Moços de Massachusetts pudessem praticar e, posteriormente, o professor Alfred Halstead sugeriu o nome que até hoje conhecemos. Um dos maiores objetivos de William na criação deste novo esporte era diminuir o contato físico durante a prática, diferente do basquete, esporte criado alguns anos antes.

            O professor utilizou o tênis como inspiração para a criação do voleibol, levando para dentro do novo esporte, a quadra, a divisão das equipes por uma rede, e a lógica de passar e repassar a bola de um lado para o outro (sem o uso de equipamentos).

            A maior dificuldade enfrentada por William durante a criação e desenvolvimento do esporte foi a bola. Depois de inúmeros testes, percebeu que nenhuma das bolas já existentes era adequada para a prática do vôlei. Então, optou pela criação de uma nova bola que se adequasse às necessidades do jogo. Finalmente, em 1896 durante uma convenção de professores de Educação Física, o voleibol foi praticado pela primeira vez.

            A primeira quadra em que o vôlei foi praticado possuía 15,24 metros de comprimento por 7,62 metros de largura, e a rede tinha a largura de 0,61 metros. Atualmente, essas dimensões foram alteradas para o comprimento total de 18 metros de altura e a largura sendo de 9 metros. A altura da rede é de 2,43 metros para os homens e 2,24 metros para as mulheres.

            Com o passar dos anos, o esporte se popularizou dentro e fora dos Estados Unidos. Em 1900 o vôlei chegou ao Canadá, 1908 na China e Japão, chegando finalmente na América Latina em 1910, quando o Peru entrou em contato com os educadores norte-americanos para aprimorar e desenvolver o vôlei dentro da Educação Física. No entanto, não se sabe ao certo quando o esporte chegou e foi praticado no Brasil pela primeira vez. Alguns dizem ter sido em 1915 no Colégio Marista de Pernambuco, já outros, que foi em 1916 na Associação de Cristãos e Moços de São Paulo.

            O esporte crescia a cada dia e, então, após cinco anos da morte de William George Morgan em 1947, foi fundada na França a FIVB – Federação Internacional de Voleibol. A expansão e popularização do vôlei foi algo tão impressionante que, atualmente, a FIVB é a federação que possui mais países filiados, totalizando 220. Já em 16 de Agosto de 1954, foi fundada a Confederação Brasileira de vôlei. Durante as décadas de 40 e 50, no início da CBV, o esporte era praticado apenas pela elite e o conhecimento técnico era escasso, mas mesmo assim, em 1955 ocorreu no Brasil o 1o Campeonato Sul-Americano de Vôlei.

            Na década de 60, o vôlei brasileiro começou a melhorar seu desempenho, já colhendo frutos e bons resultados, como por exemplo, no Mundial do Rio de Janeiro em que a seleção masculina ficou em 5o lugar, e nos Jogos Olímpicos de 1964, no qual ficou em 7o lugar. Mesmo assim ainda era considerado amador pela falta de uma metodologia bem estruturada.  

          Com o objetivo de mudar e aprimorar o voleibol brasileiro, em 1974, Carlos Arthur Nuzman assumiu a presidência da Confederação Brasileira de Vôlei e, de forma visionária inseriu o equilíbrio no esporte com o marketing, direcionando a confederação para uma administração mais empresarial e moderna.

Um dos atos mais importantes de Nuzman no início de sua gestão foi seu incentivo para a melhoria e aprendizado dos técnicos e atletas do vôlei com as potências mundiais da época. Trazendo os melhores do Japão e da antiga URSS, ele ofereceu ao Brasil a oportunidade de aprender com os melhores e, então, mais tarde criou seu próprio estilo de jogo.

          Durante toda sua gestão, buscou expandir o esporte e garantir aos envolvidos alta qualidade e produtividade. Para isso, depois de garantir um bom aprendizado para os envolvidos, uma de suas estratégias foi criar o CBS (Campeonato Brasileiro de Seleções). Este campeonato visava expandir a busca e visibilidade dos jogadores ao redor do Brasil, e não mais apenas no Rio de Janeiro e São Paulo. A partir desses campeonatos, olheiros começavam a garimpar jogadores de vôlei que se encontravam fora da curva, ou seja, jogadores que tinham a capacidade de serem melhores do que o normal se treinados da forma correta, com estrutura e determinação.

          Conforme divulgado pela página oficial da CBS – Campeonato Brasileiro de Seleções – as divisões são: Infantojuvenil e Juvenil nos naipes masculino correspondem ao sub-18 e sub-20, enquanto o Infantojuvenil e Juvenil feminino representam as idades sub-17 e sub-19 - as quatro divididas em 1ª e 2ª Divisões, cada. Portanto, formam um total de oito competições: CBS sub-18 da 1ª Divisão; CBS sub-17 da 1ª Divisão; CBS sub-20 da 1ª Divisão; CBS sub-19 da 1ª Divisão; CBS sub-18 da 2ª Divisão; CBS sub-17 da 2ª Divisão; CBS sub-20 da 2ª Divisão; CBS sub-19 da 2ª Divisão.

            E foi a partir destas competições que Nuzman ofereceu de forma visionária, uma das estratégias que nos garantiu bons jogadores durante as gerações. Percebendo que o segredo para manter o time no topo mais do que uma geração, era dar atenção e cuidados para os jogadores de base, oferecendo um bom treinamento e boa estrutura com mentalidade vencedora. Com o objetivo de valorizar os jogadores de base e prepará-los para colher bons frutos na seleção principal, o treinamento e gestão visavam sempre tornar os jogadores de base vencedores, ou seja, deveriam ganhar a maioria dos jogos e campeonatos. Mas é claro que, antes disso já tínhamos jogadores e técnicos excepcionais, que nos trouxeram acontecimentos importantes e ajudaram na popularização e valorização do vôlei no Brasil.

Com todo esse esforço, os resultados começaram a chegar. Exemplos que podemos citar, a Olimpíada de 1976, na qual o ponteiro Bernard da seleção Brasileira ganhou o título de 5º melhor jogador do mundo; em 1977 quando a seleção masculina ficou em 3o lugar no Mundial; década de 80, a seleção composta por Bernard, Bernardinho, William, Renan, Montanaro, entre outros, também conhecidos como a seleção de prata, começou a ter um público de cerca de 25 mil pessoas. E, finalmente, podemos citar o jogo histórico do Brasil contra União Soviética no Maracanã, que teve um público recorde de quase 100 mil pessoas.

          E não para por aí. Desde então, o Brasil cresceu na qualidade e assumiu melhores colocações em competições importantes como Mundiais e Olimpíadas. Junto a isso tudo, houve a popularização da mídia, no qual o poder da comunicação midiática televisiva tomava conta da sociedade e suas respectivas valorizações culturais. O poder da mídia ocasionou em maior visibilidade da seleção que crescera e nos trazia os primeiros frutos. Luciano Do Valle, também chamado pelos atletas do vôlei por Luciano do Vôlei, é um dos jornalistas esportivos que mais promoveu e garantiu sua importância dentro da história da valorização e popularização do esporte no Brasil.

          Após a saída de Carlos Arthur Nuzman da CBV, Ary Graça assumiu a presidência e continuou com a boa gestão da confederação, garantindo que todo o trabalho se mantivesse e se modernizasse. Então criou em 2003, o Centro de Desenvolvimento do Vôlei – Saquarema, que buscava cumprir com os objetivos de integrar o treinamento de todas as seleções brasileiras num mesmo local, facilitando o intercâmbio entre as comissões técnicas e condições estruturais modernas para garantir o desenvolvimento máximo de todos os atletas e projetos. Mais do que um simples treinamento, o Centro de Desenvolvimento de Voleibol busca trabalhar uma mentalidade brasileira, uma filosofia de jogo e comportamento para todos os jogadores da seleção independente de sua categoria.

      Dentro deste ambiente, jogadores de base têm a oportunidade de trabalhar e conviver com os jogadores do carro chefe e então, a experiência tanto profissional quanto psicológica, ajuda a alcançar a produtividade máxima do grupo como um todo.

          Portanto, todo o processo de desenvolvimento do vôlei, que cresceu e se aprimorou junto da Educação Física, afeta diretamente nos resultados e promete um futuro promissor se bem trabalhado. Afinal, assim como uma criança, o vôlei passou por uma gestação, educação, desenvolvimento, crescimento, amadurecimento e hoje é o que todos conhecemos, e muito mais do que isso, a família vôlei, mais do que outros esportes, tem a cultural familiar de geração para geração. Toda a história e desenvolvimento de uma geração são aproveitados de forma positiva pela geração seguinte, e dessa forma uma mentalidade é instituída e mantida viva tanto dentro quanto fora das quadras.

1895

1905

1915

1925

1945

1935

1955

1965

1975

1985

1995

2005

2015

Premiações nos principais campeonatos da Seleção Brasileira Masculina de Vôlei:

  • Jogos Pan-Americanos 1955 – Medalha de Bronze

  • Jogos Pan-Americanos 1959 – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 1963 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 1967 – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 1971 – Medalha de Bronze

  • Jogos Pan-Americanos 1975 – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 1979 – Medalha de Prata

  • Copa do Mundo 1981 – Medalha de Bronze

  • Campeonato Mundial 1982, Argentina – Medalha de prata

  • Jogos Pan-Americanos 1983 – Medalha de Ouro

  • Olimpíadas 1984, Los Angeles – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 1987 – Medalha de Bronze

  • Jogos Pan-Americanos 1991 – Medalha de Prata

  • Olimpíadas 1992, Barcelona – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 1999 – Medalha de Prata

  • Campeonato Mundial 2002, Argentina – Medalha Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 2003 – Medalha de Bronze

  • Copa do Mundo 2003 – Medalha de Ouro

  • Olimpíadas 2004, Atenas – Medalha de Ouro

  • Copa do Mundo 2005 – Medalha de Bronze

  • Campeonato Mundial 2006, Japão – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 2007 – Medalha de Ouro

  • Copa do Mundo 2007 – Medalha de Ouro

  • Olimpíadas 2008, Pequim – Medalha de Prata

  • Campeonato Mundial 2010, Itália – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 2011 – Medalha de Ouro

  • Copa do Mundo 2011 – Medalha de Bronze

  • Olimpíadas 2012, Londres – Medalha de Prata

  • Campeonato Mundial 2014, Polônia – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 2015 – Medalha de Prata

  • Olimpíadas 2016, Rio de Janeiro – Medalha de Ouro

Premiações nos principais campeonatos da Seleção Brasileira Feminina de Vôlei:

  • Jogos Pan-Americanos 1955 – Medalha de Bronze

  • Jogos Pan-Americanos 1959 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 1963 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 1979 – Medalha de Bronze

  • Jogos Pan-Americano 1991 – Medalha de Prata

  • Grand Prix de Voleibol  1994 – Medalha de Ouro

  • Olimpíadas 1996, Atlanta – Medalha de Bronze

  • Grand Prix de Voleibol 1996 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 1998 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 1999 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 1999 – Medalha de Prata

  • Olimpíadas 2000, Sidney – Medalha de Bronze

  • Grand Prix de Voleibol 2000 – Medalha de Bronze

  • Grand Prix de Voleibol 2004 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2005 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2006 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 2007 – Medalha de Prata

  • Olimpíadas 2008, Pequim – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2008 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2009 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2010 – Medalha de Prata

  • Jogos Pan-Americanos 2011 – Medalha de Ouro

  • Jogos Mundiais Militares 2011 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2011 – Medalha de Prata

  • Olimpíadas 2012, Londres – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2012 – Medalha de Prata

  • Grand Prix de Voleibol 2013 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2014 – Medalha de Ouro

  • Jogos Pan-Americanos 2015 – Medalha de Prata

  • Jogos Mundiais Militares 2015 – Medalha de Ouro

  • Grand Prix de Voleibol 2015 – Medalha de Bronze

  • Grand Prix de Voleibol 2016 – Medalha de Ouro

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