O início da história da Seleção Feminina
A seleção brasileira de voleibol feminino, formada em 1951, estreou jogando o
Campeonato Sul-Americano daquele ano, e conquistou a medalha de ouro. Mesmo
com pouca tradição no voleibol feminino na década de 50, o Brasil conseguiu se
manter entre os melhores times da América do Sul, conquistando inúmeros títulos.
Foi a partir da década de 80, que o voleibol feminino deu seus primeiros passos
rumo à consolidação e reconhecimento Internacional. A época foi marcada pelos
primeiros resultados expressivos em competições internacionais. Apesar do destaque
internacional de algumas atletas, como por exemplo, Isabel, Vera Mossa e Jacqueline,a seleção feminina ocupava uma posição intermediária entre as forças do
.
A mudança deste cenário, que caracterizava a modalidade como coadjuvante,
veio com as Olimpíadas de Seul (1988), quando o time dirigido pelo técnico Jorge de
Barros conquistou o sexto lugar na competição. Em Barcelona, quatro anos depois, o
vôlei feminino ficou com a quarta colocação, resultado de certa ingenuidade e
inexperiência do seu elenco muito jovem que, a propósito, não tinha certa indisposição
com o técnico Wadson Lima, que em seguida entregaria o cargo a Bernadinho.
A seleção feminina despontou de vez no cenário internacional nos anos 90,
especificamente em 1994 quando Bernardinho assumiu o comando. No mesmo ano,
conquistou o vice-campeonato mundial realizado no Brasil, a medalha de ouro no
Grand Prix e, em 1995, a medalha de prata na Copa do Mundo. Contando com novos
talentos no voleibol nacional como Ana Moser, Fernanda Venturini, Ana Paula, Márcia
Fu, Fofão, Virna Dias, Hilma Caldeira e Leila Barros, o voleibol brasileiro cresceu de tal
forma que começou a incomodar a seleção de Cuba, até então considerada a melhor
equipe do mundo nos anos 90.
Fonte: FIVB
Frequentemente as semifinais e finais das principais competições
internacionais dos anos 90 eram disputadas entre Brasil e Cuba. Eram grandes jogos
com bastante volume de jogo nos dois times, sempre regados por provocações de
ambos os lados. Sob o comando de Bernardinho, Brasil e Cuba enfrentaram-se 27
vezes, sendo 14 vitórias para Cuba e 13 para o Brasil. A própria semifinal dos Jogos
Olímpicos de Atlanta foi marcada pela rivalidade entre as equipes, na qual as cubanas
levaram a melhor e venceram a partida apenas no tie-break. Depois do fim do jogo
ocorreu um desentendimento entre as seleções, protagonizado por Regla Torres,
Mireya Luis, Márcia Fú e Ana Moser. Tudo foi resolvido mais tarde pela polícia
americana. Na ocasião a seleção brasileira disputou a medalha de bronze contra a
Rússia, vencendo o jogo apenas no quinto set e conquistando sua primeira medalha
olímpica. A vingança contra Cuba viria depois dos Jogos, quando as brasileiras
ganharam o Grand Prix de 1996, ocorrendo novamente no final do jogo uma briga.
Fonte: A Era do Vôlei e Wikipedia